Hoje vou falar um pouquinho de uma área da fisioterapia que tenho grande paixão, a Cardiorrespiratória, é uma área tão importante quanto as demais, fiz meu trabalho de conclusão nessa área, e a todos que não a conhecem, aí vai um apanhado dos seus benefícios. Espero que gostem!
A Fisioterapia Cardiorrespiratória, pode definir-se como a intervenção que utiliza estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento, que têm como objetivo a otimização do transporte de oxigênio,
contribuindo assim para prevenir, reverter ou minimizar disfunções a
esse nível, promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes. A intervenção do Fisioterapeuta em pacientes com disfunção cardio-respiratória ou em risco de as desenvolver, baseia-se no seu exame, tratamento e avaliação dos resultados. O fisioterapeuta atua nos diversos níveis do atendimento aos
pacientes com disfunções respiratórias tais como Unidades de Terapia
Intensiva (UTI), enfermarias, ambulatórios, home care e Unidades Básicas
de Saúde (UBS). A fisioterapia tem várias abordagens no tratamento dos
pacientes pneumopatas, dentre elas manutenção e/ou melhora da ventilação
alveolar, prevenção de crises respiratórias, educação ao paciente,
suporte ventilatório nos períodos de crise e/ou insuficiência
respiratória e melhora da capacidade física. Para atingir os seus objetivos o Fisioterapeuta utiliza técnicas
manuais e/ou instrumentais, o exercício, o posicionamento, a educação e o
aconselhamento. A intervenção do fisioterapeuta na área das condições
cárdio-respiratórias envolve da parte deste, um exame adequado do paciente, uma avaliação dos dados recolhidos que lhe permitam identificar,
relacionar e hierarquizar os problemas que podem beneficiar com a sua
intervenção (diagnóstico), um domínio ao nível do conhecimento e
execução das técnicas de tratamento e necessidade de avaliar os
resultados da sua intervenção ao nível da estrutura e função, da
atividade e da participação social. A sua intervenção junto de pacientes
(adultos e crianças) com disfunção respiratória aguda, crônica ou
crônica agudizada requer um nível de experiência que só pode ser
atingido com uma prática continuada, um conhecimento atualizado, uma
avaliação constante dos resultados e uma atitude crítica e reflexiva
sobre a sua prática clínica. O fisioterapeuta atua desde os cuidados pré e
pós-operatórios, mas também nas agudizações. No pré e pós-operatório o
fisioterapeuta visa avaliar todos os fatores pré-operatórios que podem
aumentar as probabilidades das complicações pós-operatórias e, quando
considerar relevante, melhorar o condicionamento físico do paciente,
para fazer com que ele tenha condições de superar as cirurgias de longa
duração com o menor risco pós-operatório. No pós-operatório imediato o
tratamento fisioterapêutico visa reduzir a dor do paciente, aumentar sua
mobilidade, melhorar sua capacidade ventilatória e reduzir os riscos
intrínsecos da hospitalização (1). Um
importante recurso fisioterapêutico que vem sendo estudado e utilizado
em grandes pesquisas é o Treinamento Muscular Inspiratório através do
equipamento de carga linear Threshold IMT
(Threshold Inspiratory Muscle Trainer, Healthscan Products Inc., Cedar Grove, New
Jersey), que permite o fortalecimento e o aumento da
resistência da musculatura inspiratória em pacientes com fraqueza da
mesma. Seu uso deve ser acompanhado pelo fisioterapeuta através de um
protocolo determinado pelas pesquisas atuais (2). No ambulatório, o tratamento
fisioterapêutico está mais focado na melhora do condicionamento físico e
na educação do paciente. A melhora do condicionamento físico objetiva
aumentar a independência do paciente, reduzir a sintomatologia e,
conseqüentemente, melhorar sua qualidade de vida. Além disso, a melhora
da capacidade física previne e/ou melhora as comorbidades das doenças
respiratórias. Neste sentido, as pneumopatias têm sido cada vez mais
consideradas, sendo doenças que ocasionam diversas comorbidades que
levam o indivíduo à perda da sua capacidade física. A fisioterapia deve fazer parte de um serviço
multiprofissional contínuo para pacientes com doenças cardio-respiratórias e
suas famílias, visando melhorar o nível de independência e a função do
paciente na comunidade (1).
Cuide de sua saúde, cuide de seu coração!
Fonte (1): Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratoria e Fisioterapia em Terapia Intensiva;
Fonte (2): da autora Daiane I. Cesconetto.
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